terça-feira, 17 de março de 2009

Deve ser legal traficar um ilegal

A série de TV Americana que mais vem chamando a atenção de público e crítica desde 2005, páreo apenas à Lost, traz ao pacato subúrbio de Agrestic, na Califórnia, a discussão da descriminalização da maconha

O fictício subúrbio serve de cenário para Weeds; as mais loucas histórias de uma viúva sem perspectivas de emprego (Nancy Botwin) que resolve adentrar no mundo do tráfico para sustentar os filhos (Silas e Shane), o cunhado encostado (Andy) e, claro, manter o padrão da família que levavam antes da morte repentina do seu marido (Judah). Nancy surpreende-se com o número de conhecidos que se tornam consumidores; entre eles o seu advogado, Dean Hodes e seu contador, Doug Wilson.

Extremamente lucrativo, o mercado de entorpecentes da série vai além do núcleo negro (composto por Heylia, Vaneeta e Conrad), atravessa o subúrbio vida boa de Agrestic (que agrega os Botwin, Doug Wilson e Dean Hodes) e chega ao mais novo núcleo, o latino (como eles poderiam ficar de fora?!). Do começo como uma simples vendedora da maconha repassada por Heylia, Nancy se torna a grande criadora e fornecedora da iguaria. A rentabilidade do negócio e a habilidosa facilidade em escapar do risco de ser presa torna a diversão garantida para o seriado, enquanto aponta para a discussão: por que vender ao invés de traficar?

É comum que usuários americanos de Cannabis freqüentem pequenas lojas de venda livre da droga para uso, exclusivamente, medicinal. Os pacientes de diversas doenças como doença de Parkinson, esclerose múltipla, câncer e AIDS têm permissão para consumir a maconha apenas como tratamento para dores crônicas sendo, este consumo, controlado através de receituários médicos contendo dosagem e freqüência. No entanto, a caricatura da sociedade americana apresentada no show aponta que o uso é banalizado e, de certa forma, provoca a sociedade a repensar o caso da sua descriminalização como alternativa para diminuir a criminalidade, aumentar a renda da receita através da criação de impostos sobre a produção e venda, além da criação de novos empregos. Outro ponto importante a ser incorporada é tornar clara a percepção do preconceito, uma vez que a sociedade confunde usuário e traficante.

A partir do momento que as pessoas percebam que a maconha se mostra menos agressiva à saúde do usuário e que causa menor dependência que as drogas consideradas lícitas – álcool e tabaco – ele também despertará para a importância da liberação da maconha (apenas mais uma droga) como uma arma contra o crime organizado, uma vez que traficar (ou melhor, vender) a droga passará a ser legal e o grito de legalize já será concretizado em empregos.

3 comentários:

Renatinha disse...

Bingo! Agora sei como sustentar Laura e Tito! =D

Sheyla Florêncio disse...

É...
Tudo na vida tem solução!!!
hauhauahuahua

Anônimo disse...

Legal!!!!!!!!!!!!

Oscar